Seminário Pós-Enchente: carta apresenta propostas para mitigar efeitos

Seminário Pós-Enchente: carta apresenta propostas para mitigar efeitos

Evento, que teve apoio de entidades como a Amvat, reuniu especialistas para debater estratégias e soluções

Lideranças debateram ações para mitigar efeitos das enchentes e elaboraram a Carta do Vale do Taquari - crédito: Filipe Faleiro
Lideranças debateram ações para mitigar efeitos das enchentes e elaboraram a Carta do Vale do Taquari - crédito: Filipe Faleiro

O auditório do prédio 7 da Univates, em Lajeado,  recebeu, na terça-feira (14.11), o 1º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente. Durante todo o dia especialistas da região, do estado e do país debateram estratégias e soluções em face das cheias recorrentes da bacia Taquari/Antas.

Entre os palestrantes estavam a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico Brasil (CPRM), Alice Castilho; o prefeito de Blumenau (SC), Mário Hildebrandt e o coronel Carlos Olimpo Menestrina secretário de Defesa Civil do município;  o diretor do Departamento para o Clima e Sustentabilidade, Osvaldo Moraes; chefe da Defesa Civil do RS, coronel Luciano Chaves Boeira; e do secretário da Defesa Civil de Blumenau (AlertaBlu), Carlos Olimpo Menestrina; a secretária de Meio Ambiente do RS, Marjorie Kauffmann; o professor de Arquitetura e Urbanismo da Univates, Augusto Alves; o professor de Hidrologia da UFRGS e integrante da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Walter Colischon, o mestre em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos e vice-presidente do Comitê Taquari/Antas, Júlio Salecker, e o vice-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Junior.

Ao final, foi elaborada a Carta do Vale do Taquari, com propostas para mitigar os efeitos climáticos sobre a Bacia Taquari-Antas. Na dimensão do Plano de Prevenção e Evacuação a carta destaca quatro aspectos. Ampliação do Sistema de Informações e Monitoramento (modernização e expansão das estruturas existentes, instalação de novas estações de monitoramento em afluentes vulneráveis, previsão de enchentes aprimorada para antecipação de informações), sob a responsabilidade do CPRM e Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Sistema de Gestão Integrado Regional, com formação de rede colaborativa envolvendo entidades, municípios e Defesa Civil; fortalecimento da Defesa Civil com planos de contingência e gestão de desastres, elaboração de mapas hidrogeotécnicos, cotas de enchentes e sistemas de alerta. A responsabilidade é dos municípios da Bacia, Defesa Civil e entidades regionais.

Outro aspecto destacado é a Instalação de Sistema de Acompanhamento nos municípios, com a criação de níveis de referência com câmeras para acesso público, sob a responsabilidade dos municípios da Bacia. A Promoção da Educação para Prevenção de Desastres envolve a integração de temas nas escolas e famílias, realização de eventos, palestras e treinamentos e cultura de simulados para identificação de falhas. Neste caso, os responsáveis pela execução são os municípios e a Defesa Civil Regional.

Na dimensão da Ocupação das Margens e Mobilidade Urbana são citados a Fase C do Plano das Bacia Hidrográfica, com execução de ações para minimizar os impactos das enchentes – responsabilidade do Comitê da Bacia Taquari-Antas e Secretaria Estadual do Meio Ambiente – e ainda o Planejamento dos Municípios, com adaptação dos Planos Diretores às mudanças climáticas. O Seminário foi uma realização do Grupo A Hora, Univates, Amvat, Amat, Avat, Amturvales, CIC-VT, Codevat e Comitê Taquari-Antas, com patrocínio do BRDE e Caixa Econômica Federal.


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